Secretarias estaduais assinam termo para reestruturar educação a PCD

O ensino à pessoa com deficiência (PCD) ganhará nova estrutura. Um trabalho conjunto entre três secretarias Estaduais, iniciado na capital amazonense, propõe ações como a criação de pontos educacionais adaptados à educação especial; além da ampliação da biblioteca braile e reforço na oferta de cursos de intérprete de libras. O plano de ação foi oficializado no dia 12 de setembro de 2018 por meio do Termo de Cooperação Técnica assinado entre a Controladoria-Geral do Estado (CGE), por meio da Subcontroladoria-Geral de Ouvidoria, a Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino (Seduc) e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped).

O termo prevê a criação e operação de pontos localizados nos bairros da zona leste e nos residenciais Viver Melhor, na zona norte da cidade, que atuarão em cadastro, reforço do conteúdo e realização do provão eletrônico aos alunos da educação especial. O documento ainda propõe o firmamento de parceria com a Secretaria de Estado do Trabalho (Setrab) e com o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) para a disponibilização do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Além da ampliação da biblioteca braile e da intensificação na oferta de cursos de intérpretes de libras.

De acordo com a Subcontroladora-Geral de Ouvidoria, Seilani Almendros, a CGE atuará por meio do Sistema de Ouvidorias do Estado (e-OUV). Ela explica que a PCD ou o responsável pelo estudante poderá acessar a plataforma, disponível no endereço www.cge.am.gov.br e avaliar o serviço prestado pelo Governo do Estado, assim como poderá sugerir implementações ao projeto e fazer solicitações referentes a educação à pessoa com deficiência. “Atuaremos no controle social da administração pública a partir de dados, números e informações registradas pelo cidadão. A ouvidoria, inicialmente, chegará até ao morador das zonas leste e norte da cidade por meio dos pontos de ensino”, explicou a Subcontroladora.

Segundo o secretário executivo da Seped, Ronaldo Andre Bacry Brasil, do total de 52 mil moradores dos Residenciais Viver Melhor, 1660 são pessoas com deficiência. Ele afirma que 90% das PCDs que moram nos conjuntos, na zona norte, necessitam de meios para o acesso aos estudos. “Vamos atuar nas áreas mais vulneráveis. Sabemos que 90% dos moradores do Viver Melhor não têm o mínimo de escolarização. A meta é o nivelamento da educação e a inserção no mercado de trabalho, proporcionando melhor qualidade de vida à PCD. O trabalho também impactará positivamente na economia do Estado”, disse.

Para o titular da Seduc, Lourenço dos Santos Pereira Braga, o termo assinado pelas pastas propõe a execução de um trabalho que beneficia a comunidade. O secretário ressalta a necessidade de buscar o resgate da confiança da comunidade quanto aos serviços prestados pelo poder público. “Esse documento busca resgatar a confiança que o Estado precisa impor à sociedade e isso só se torna possível por meio do trabalho. Pessoas serão atendidas, terão confiança e se sentirão motivadas e isso é um grande passo”, destacou.